O governo ainda discute o futuro do auxílio emergencial, assunto tratado em reunião ministerial nesta terça-feira (9). Mas uma ausência chamou a atenção: a do vice-presidente Hamilton Mourão.
A reunião não estava na agenda do presidente. Todos os ministros participaram, menos o das Comunicações, que está em viagem. O vice também ficou de fora.
Jair Bolsonaro já demonstrou insatisfação com Mourão e a ausência dele é sinal de que o desgaste continua.
“Não fui convidado, não fui chamado. Acredito que o presidente julgou desnecessária minha presença. Só isso”, disse o vice, que negou desconforto com a situação. “Não estou incomodado, não”.
O presidente da Caixa também participou para discutir a possível prorrogação do auxílio emergencial. Bolsonaro ainda discutiu o assunto em reunião separada com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
A ideia que vem ganhando força é pagar mais três parcelas de R$ 200 para 30 milhões de pessoas. Mas o governo ainda estuda como dar o novo auxílio sem furar o teto de gastos.
O presidente do Banco Central diz que o pagamento só poderá ser feito se houver compensação.
A equipe econômica também busca uma forma de conter a disparada de preços dos combustíveis, que já subiram 3 vezes este ano. O governo deve enviar ao Congresso ainda nessa semana o projeto que estabelece um valor fixo do ICMS ou a cobrança do imposto estadual direto nas refinarias.
Mas, para o presidente do fórum dos governadores, a ideia do Planalto não é a solução.
“O real problema é a dolarização do petróleo no posto de gasolina. O preço do combustível vinculado ao dólar. Se sobe o dólar, sobe o preço do combustível. Se sobe o preço do barril do petróleo lá fora, sobe o preço do combustível. É isso que o Brasil tem que mudar. Alias, voltar ao que sempre foi", reclamou o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).