O Exército não indicará um substituto para o coronel que foi excluído de grupo de fiscalização das eleições pelo ministro Edson Fachin. Em nota divulgada nesta quarta-feira (10), a corporação informou que não foi consultada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da decisão.
Na segunda-feira (8), Fachin, presidente do TSE, enviou um ofício ao Ministério da Defesa para comunicar o descredenciamento do coronel Ricardo Sant’Anna da equipe de técnicos designados pela pasta para inspecionar os códigos-fonte da urna eletrônica e de todo o sistema eletrônico de votação.
Alexandre de Moraes, atual vice-presidente do TSE, também assinou o ofício. O motivo para o veto à participação de Sant'Anna na inspeção foi a notícia de que mensagens publicadas por ele sobre o processo eleitoral foram rotuladas como falsas.
Num trecho da nota, o Exército disse que o TSE agiu de forma unilateral, “sem qualquer pedido de esclarecimento ou consulta ao Ministério da Defesa ou ao Exército Brasileiro”. “Dessa forma, o Exército não indicará substituto e continuará apoiando, tecnicamente, o MD [Ministério da Defesa] nos trabalhos julgados pertinentes”, pontuou o comunicado.