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Traficantes de drogas recebiam pagamento em bitcoin na Zona Sul do Rio

O chefe da quadrilha foi preso durante uma operação da Polícia Civil na manhã de hoje

Rafaella Balieiro (sob supervisão de Natashi Franco)

Os bandidos cultivavam drogas em um estufa profissional
Os bandidos cultivavam drogas em um estufa profissional
Divulgação/ Polícia Civil

Bairros nobres da Zona Sul do Rio e a Barra da Tijuca foram alvos de uma operação da Polícia Civil contra o tráfico de drogas. O modos operandi da quadrilha que atua na localidade chamou atenção dos investigadores: através de um serviço de delivery, a droga era entregue nos bairros e o pagamento feito em bitcoin, para evitar o monitoramento da polícia. A operação "Batutinha" cumpre 18 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão, 11 pessoas já foram presas até o momento.

De acordo com os agentes, a quadrilha conseguiu comprar um arsenal de armas de grosso calibre. Os criminosos ainda contavam com a ajuda de um ex-policial militar na escolta da entrega das drogas. A investigação que durou meses quebrou sigilos telefônicos para identificar os 18 nomes envolvidos no esquema. O grupo estava disputado influência com outros traficantes que atuavam na região.

A droga entregue aos clientes, é apontada pelos agentes de segurança, como sendo um "material de alta pureza". O homem apontado como chefe da organização criminosa foi preso em Laranjeiras, na Zona Sul da cidade. Alluan Araújo, conhecido como Alfafa, gerenciava a distribuição das drogas através de uma conta comercial do WhatsApp.

"Era uma quadrilha muito sofisticada, utilizavam ferramentas modernas, como o WhatsApp Business para processar os pedidos e fazer a integração entre os estoquista e os entregadores. Durante as investigações a gente percebeu que eles trabalhavam com drogas de alta qualidade, existia uma estufa profissional de plantação maconha para fugirem do pagamento de fornecedores internacionais", explicou o delegado do caso Gustavo Rodrigues

O Ministério Público também faz parte da operação. Todos os 18 procurados já foram denunciados pela instituição e viraram réus pelo crime. Um novo inquérito será aberto para apurar um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo criptomoedas. 

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