Delegado testemunha de defesa de Gabriel Monteiro já recebeu moções de louvor

Luís Maurício Armond é titular da 42ª DP e responsável pelas investigações contra o parlamentar por assédio moral e sexual

Thuany Dossares

Esperado para prestar depoimento na Câmara do Rio como testemunha de defesa de Gabriel Monteiro, no processo ético-disciplinar aberto contra o vereador, o delegado Luís Maurício Armond já recebeu uma moção de louvor e reconhecimento dada pelo parlamentar.

Armond é o titular da Delegacia do Recreio (42 DP) e responsável pelas investigações que estão em andamento contra Monteiro por assédio moral e sexual, que resultaram também no indiciamento do vereador por conta do vídeo de sexo com uma menor de idade.

O delegado contou que a homenagem foi oferecida a ele e a equipe, em março de 2021, na época em que estavam lotados na Delegacia de Bangu (34º DP) e que isso não demonstra qualquer relação de proximidade com o parlamentar.

O policial ainda garante que tanto não tem relação com Monteiro, como o indiciou e coordenou operação de busca e apreensão contra o vereador.

Armond é esperado para prestar depoimento no dia 21 de junho. Ele disse que foi intimado e pretende comparecer.

O relator do processo, Chico Alencar, diz que uma moção não significa um vínculo concreto, mas que é algo a se considerar.

Durante a tarde desta quinta-feira (9), mais duas testemunhas de defesa de Monteiro prestaram depoimento na Casa. O primeiro a ser ouvido foi o perito Leandro Lima. Ele atua na área criminalista e foi contratado por Monteiro para analisar o vídeo onde o vereador estaria acariciando uma menor num salão de cabeleireiro.

Quem era esperado no lugar dele, na verdade, era Rafael Murmura, que trabalha na equipe do marketing de Gabriel. O depoimento dele foi adiado, mas a nova data ainda não foi divulgada.

O segundo depoimento foi policial militar Bruno Novaes Assumpção. Ele compõe a equipe da escolta do vereador.

Depois das oitivas, os vereadores comentaram os depoimentos. Ele também afirmaram que precisaram reforçar a segurança com carro blindado, por conta de ameaças que estariam sofrendo de seguidores de Gabriel Monteiro. Os parlamentares, inclusive, garantiram que vão registrar o caso na Polícia Civil.

Segundo a defesa, não houve indiciamento por parte do delegado, ele sequer relatou o inquérito. Ademais, é a autoridade policial que teve proximidade com as provas que ainda estão sendo periciadas, bem como a outros inquéritos ligado ao principal, onde ex-assessores ouvidos pela Comissão estão sendo investigados, por isso a importância de sua oitiva.

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