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Novas equipes na Fórmula 1? Novidades não devem pintar no grid tão cedo

Emanuel Colombari

Imagem: F1/Divulgação
Imagem: F1/Divulgação

Em agosto de 2021, a Alpine causou algum furor no noticiário da Fórmula 1 ao anunciar que vinha conversando para fornecer motores Renault a possíveis novas equipes.

“Tem gente interessada em entrar neste esporte”, disse Marcin Budowski, diretor-executivo da Alpine, ao site The Race. “Alguns tornaram público o interesse e tiveram cobertura da imprensa nos últimos anos. Alguns não procuraram publicidade ou conhecimento público.”

De certa forma, as declarações surpreenderam. A categoria não recebe novas equipes desde que a Haas estreou em 2016, e os rumores desde então a respeito do tema não empolgaram – exceção feita às possibilidades envolvendo a Andretti e a Sauber, em uma negociação que naufragou após ganhar muita força no fim de 2021.

A única possibilidade, como Budowski declarou, é termos algum projeto que, por enquanto, não está buscando holofotes. A principal especulação neste sentido aponta para a Panthera Team Asia F1 – que também não inspira muita animação a curto prazo.

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Em 2020, o projeto tinha o francês Benjamin Durand (guarde este nome) como chefe de equipe e anunciava que uma estreia em 2021 já não seria possível diante da pandemia do novo coronavírus. A meta, então, seria correr na F1 a partir de 2022.

Ainda no fim de 2020, o então diretor-geral da Renault, Cyril Abiteboul informava que diversas novas equipes tinham interesse nos motores franceses. Não citou nomes. Os rumores estariam ligados com as declarações recentes de Marcin Budowski?

Bom, Abiteboul deixou a Renault no começo de 2021, enquanto o time francês virava Alpine. A tal da Panthera Team Asia sumiu do radar e não estará no grid em 2022. De qualquer forma, vale guardar o nome para a boataria dos próximos anos. Por enquanto, é a candidatura mais forte – ou menos fraca – a uma nova equipe no grid.

Pouco antes das notícias da Panthera, a Fórmula 1 viu outro time entrar no radar: a SMP Racing, fundada pelo oligarca russo Boris Rotenberg. O time disputou o Mundial de Endurance entre 2014 e 2019, com relativo sucesso. Entre 2013 e 2016, teve Benjamin Durand (olha ele!) entre seus diretores.

A SMP chegou a frequentar o noticiário entre 2016 e 2019 a respeito de uma possível vaga na Fórmula 1. Mas a categoria divulgou nota em outubro de 2019 e deixou claro que não estava negociando com novos times para 2021.

De olho em 2025

Enquanto Panthera Team Asia e SMP Racing parecem ter ido fazer companhia a Dams, Dome, Dart, Prodrive e, mais recentemente, Forza Rossa e Stefan GP entre as equipes de Fórmula 1 que não saíram do papel, há possibilidades para outras marcas. Mas não a curto prazo, vale destacar.

Não é de hoje que rumores ligam o Grupo Volkswagen à F1. A possibilidade existe para 2025, quando a categoria pode ter um novo regulamento, incluindo combustíveis sintéticos, mais sustentáveis. Apoio, por enquanto, não falta.

Neste caso, a chance de termos a marca VW na categoria é pequena. As maiores chances seriam para Porsche ou Audi, ambas marcas do Grupo Volkswagen.

Não está claro se a empresa apostaria em uma equipe de fábrica ou no fornecimento de motores e componentes, mas já haveria conversas com pelo menos três equipes: Red Bull, McLaren e Williams.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.