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Anvisa não comenta decisão do ministério, mas mantém orientação sobre vacinação de adolescentes

"Com os dados disponíveis, a gente mantém a relação benefício-risco", disse gerente da agência

da Redação com Rádio Bandeirantes

Helaine Capucho, gerente de farmacovigilância da Anvisa, disse nesta sexta-feira (17) à Rádio Bandeirantes que a agência não irá se posicionar sobre a decisão do Ministério da Saúde de suspender a recomendação para imunização contra covid-19 em adolescentes de 12 a 17 anos. De acordo com ela, no entanto, a entidade mantém a indicação de vacinação para o grupo com o imunizante da Pfizer.  

“É importante dizer o papel de cada instituição. A Anvisa não precisa ser consultada para definição de políticas públicas de saúde (...). Com os dados disponíveis até o momento, a gente mantém a relação benefício-risco. Quanto ao ministério, trata-se de política pública, a Anvisa não se posiciona, a prerrogativa é do próprio ministério”, disse.  

A pasta do ministro Marcelo Queiroga resolveu suspender a recomendação depois da morte de um adolescente em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Os governos e as instituições investigam se o caso tem relação com a aplicação da vacina, mas ainda não há nenhuma comprovação oficial.  

“Todo e qualquer efeito adverso depois da imunização deve ser relatado à Anvisa. Nós avaliamos todos os casos suspeitos. Em relação a essa suspeita específica, estamos fazendo a avaliação. A Anvisa sempre está atenta. A farmacovigilância é responsável por acompanhar todo produto que está no mercado, todos os medicamentos e vacinas. Ainda não há nenhuma comprovação [no caso de São Bernardo do Campo]. Está mantida a relação benefício-risco prevista em bula, incluindo para adolescentes”, reafirmou Helaine Capucho.

Vídeo: como está a vacinação de adolescentes pelo Brasil

Em nota técnica divulgada nesta quinta (16), o ministério revisou sua própria recomendação e passou a recomendar a vacinação na faixa etária com o imunizante da Pfizer apenas para jovens com comorbidades. A gerente da Anvisa ressaltou, porém, que a agência não faz distinção entre adolescentes com ou sem comorbidades.  

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