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Funerárias fazem cobranças ilegais para faturar com luto na pandemia

Ganância e irresponsabilidade: funerárias se aproveitam do luto alheio

Da Redação, com Jornal da Band

Atualmente enterros e velórios estão diferentes, já que precisam ser mais curtos, respeitando os protocolos sanitários contra a Covid-19.  Mas existem pessoas que se aproveitam da situação de dor e luto das famílias para vender um serviço ilegal e lucrar. As informações são do Jornal da Band.

Uma mulher, que não quer se identificar, diz ter recebido uma proposta para “aumentar” o velório do pai – fato contra as medidas de combate à pandemia, já que o cerimonial está limitado em tempo e número de pessoas presentes.

Ela relata a “negociação”. “Olha, se você quiser que seja no cemitério, só tem 15 minutos, mas a não ser que você ‘fizesse alguém rir’ é que lá poderia estender a hora".  Fazer alguém rir seria uma gíria para o pagamento do “serviço”.

São funerárias que subvertem o significado humano dos rituais de despedida, muito importantes no processo de luto das pessoas.

“A gente está falando de uma doença que tem uma evolução muito rápida, que tira as pessoas do convívio social, do convívio familiar de uma forma abrupta. Quando acontece uma morte por covid, a impossibilidade de velar essa pessoa que morreu é um fator de complicação para o luto”, explica a psicóloga Juliana Picoli.

Na última quarta-feira (27), a Polícia Civil fez uma vistoria em duas casas funerárias na zona leste de São Paulo, alvos de denúncias de irregularidades. Uma das funerárias não tinha os avais necessários para atuação no segmento ou autorização para manter os equipamentos para embalsamentos de corpos. Já uma segunda empresa desviava corpos de outros municípios para a cidade de São Paulo, o que é ilegal.

Os responsáveis pelos lugares foram encaminhados a prestar esclarecimentos.

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