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Rabino: Hamas adia resposta sobre proposta de cessar-fogo

Por Moises Rabinovici

Cessar-fogo entre Israel e Hamas
Cessar-fogo entre Israel e Hamas
REUTERS

A resposta do Hamas ao novo plano de cessar-fogo e libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos, aguardada para esta segunda-feira por Israel, Egito, Catar e Estados Unidos, foi adiada. O que travou um acordo é a continuada presença israelense em Gaza, pretendida pelo governo de Benjamin Netanyahu.

A flexibilidade de Israel demonstrada no plano à mesa foi elogiada pelo secretário de Estado americano Antony Blinken, que a descreveu como “extraordinariamente generosa”, e pelo vice-secretário-geral da Jihad Islâmica, Mohammed al-Hindi, para quem faltou a retirada das forças israelenses de Gaza para que fosse aceitável. A última das concessões de Israel foi reduzir para 33 o número de reféns trocados por seis semanas de trégua e libertação de centenas de prisioneiros palestinos, inclusive alguns que cumprem prisão perpétua.

Al-Hindi comentou ao jornal Haaretz que houve acordo para uma retirada gradual de Gaza, sem detalhar se incluiria o Corredor Netzarim, as estradas Costeira e Salah al-Din, o que permitiria a volta para o Norte de todos os palestinos que se refugiaram no Sul.

Este plano egípcio-israelense adiado foi proposto ao Hamas como “o último” pelo governo israelense. Estados Unidos, o Catar, o Reino Unido e outros países se juntaram para um apelo final para que o Hamas o aceitasse. Nesta terça-feira, encerra-se a semana do Pessach, a Páscoa judaica, que já foi o marco do início da ofensiva de Israel contra Rafah, o último reduto do Hamas em Gaza. Para inicia-la agora, com o aval do presidente Biden, o primeiro-ministro Netanyahu se comprometeu a garantir a segurança do milhão e meio de palestinos que estariam expostos a bombardeios de aviões e da artilharia. Uma cidade com milhares de tendas começou a ser levantada numa área do deserto do Sinai prevista para ajuda humanitária.

Um grupo do Hamas disparou uma barragem de foguetes contra Israel a partir do Norte, onde o Hezbollah está entrincheirado. A maioria dos 20 foguetes foi interceptada, segundo o porta-voz israelense, para quem o alvo verdadeiro seria o de sinalizar que o Hamas ainda tem poder de fogo, enquanto negocia uma nova proposta de paz.

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