As Polícias Civil e Militar ocuparam a Favela da Muzema, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira (19), em mais uma ação do projeto "Cidade Integrada". A megaoperação do Estado promete recuperar o controle de regiões da cidade comandadas por traficantes ou milicianos numa reformulação das Unidade de Polícia Pacificadora. A primeira região ocupada, foram as comunidades no entorno da Favela do Jacarezinho, na Zona Norte, reduto de traficantes.
O foco da operação de hoje são os crimes ambientais e os serviços ilegais mantidos pela milícia que atua na região, como as construções irregulares e a venda ilegal de gás de cozinha. 36 pessoas foram presas na ação da Policia Civil, que atuou também nas comunidades de Rio das Pedras e Tijuquinha.
A comunidade da Muzema é dominada por milicianos, que atuam principalmente na venda ilegal de gás e na construção irregular de imóveis. Em 2019, vinte e quatro pessoas morreram após o desabamento de dois prédios clandestinos, construídos pela organização criminosa sem qualquer tipo de alvará ou fiscalização.
Na operação de hoje, policiais do Comando de Polícia Ambiental identificaram duas construções irregulares, que estavam sendo erguidas nos mesmos moldes daquelas que caíram. Dois homens que trabalhavam no empreendimento foram levados à Delegacia.
"A gente tem dialogado com entes do poder público para viabilizar operações em conjunto e conseguir fiscalizar esses criminosos. Existe uma dificuldade na identificação, mas a Polícia tem insistido todos os dias em combater essa organização criminosa", disse Willians Andrade, capitão da PM, ao Jornal Band News Rio 1ª Edição.
O combate ao comércio clandestino de botijões de gás também era um dos principais objetivos da operação de hoje, mas nenhum local que servisse de base para essas vendas foi identificado nas buscas.
A operação na Muzema aconteceu sem confrontos.
