Masterchef

Saudade, falta de sono e grupo de estudos: como é o confinamento do MasterChef

Edleide, Renato e Melina revelam como é a rotina e os sentimentos no confinamento para as gravações do MasterChef; veja depoimentos e fotos

Stefani Sousa

Paraskevi, Edleide e Renato no MasterChef
Paraskevi, Edleide e Renato no MasterChef
Melissa Haidar/Band

Em mais de 21 anos juntos, esta é a primeira vez que a jornalista Edleide e o marido, Roberto, ficam longe um do outro por tanto tempo. Isolada em São Bernardo do Campo, em São Paulo, para as gravações do MasterChef, a participante sente na pele a falta do esposo e das três filhas, que não vê há meses, e estão em São Luis, no Maranhão, a mais de 2 mil km de distância.

A saudade é grande, mas o isolamento necessário. A medida faz parte dos protocolos de segurança para prevenção da Covid-19. Assim como em 2021, os competidores da 9ª temporada ficaram em um hotel, sem contato com o mundo exterior, durante todo o período de filmagens. 

Se, por um lado, lidar com a falta de quem se ama é uma dificuldade, por outro, se torna também a chance de reavaliar as relações, garante Edleide: “Eu acredito que esse tempo intensificou o nosso sentimento [dela e do marido] e vai apimentar ainda mais o meu casamento. Sentimos saudade, entendemos a vontade de estar perto e agora temos a certeza de que um não pode viver longe do outro”. 

É no papel de mãe, regado por responsabilidades, que tudo fica ainda mais intenso. Acostumada a cuidar das filhas, o coração aperta quando uma das meninas fica doente e ela não está presente. A emoção aumenta a cada vídeo chamada em que a caçula, de 2 anos, a chama de “mami”, ainda sem compreender a ausência. O apoio surge nas filhas mais velhas, que não a deixam desistir: “Elas são as minhas maiores incentivadoras. Todos os dias, desejam “boa sorte””. É amor que supera a ponte aérea! 

Veja fotos dos participantes no confinamento:

Só quem vive sabe  

Renato também deixou a esposa e os três filhos em Capitão Poço, no interior do Pará, para viver seu sonho. Esta foi a 7ª vez em que ele se inscreveu no programa. Desde que assistiu ao MasterChef pela primeira vez, o paraense se imaginava na cozinha apresentando uma receita aos jurados. Talvez por isso, lidar com o isolamento é, para ele, algo tranquilo.  

“É uma coisa que esperei tanto tempo, e estou tão focado, que não dá nem para sentir saudade”, revela. Renato explica que está vivendo tudo com tanta intensidade que, às vezes, sente certo estresse por não lembrar do mundo “lá fora”: 

“Quero tanto focar aqui que esqueço do que acontece em casa. O lado emocional é complicado. Uma conversa ou cobrança acaba atrapalhando muito. Tem momentos em que a gente não quer falar com ninguém e quer ficar mais na nossa.” 

O apoio da esposa Sabrina faz toda a diferença nos dias bons e ruins. “O que está dando força para a minha família é a realização do meu sonho”, diz. Enquanto eles aguentam firmes no Pará, é no hotel que o participante se dedicada para fazer bonito na competição.  

“Faço mercado online pra poder cozinhar, assisto vídeos de gastronomia e tento ler um pouco. Aproveito as noites e finais de semana para estudar. Estou tão animado que durmo pouco, a ficha ainda não caiu.”  

E por falar em foco... 

Melina, Rafael e Lays encontraram apoio no coletivo e, enquanto grupo, um ajuda o outro a melhorar o desempenho na competição. Ao lado de Adílio e Bruno, já eliminados, o trio criou um grupo de estudos virtual. “A gente se ajuda, se diverte e aprende muito. Eu, por exemplo, acordo às 4h da manhã e estudo até às 7h. Trocamos referências, ideias, indicações de vídeos e leituras. Todos são muito disciplinados”, revela Melina.  

Os amigos montaram um cronograma de temas a serem estudos, são assuntos que eles consideram essenciais para a jornada no MasterChef. Cada um sugeriu pelo menos 3 tópicos e, embora não se reúnam para estudar, cada um incentiva o outro a fazer sua parte. Melina considera o convívio um importante trunfo no jogo: 

“Já passei muitos anos morando sozinha, então consigo lidar de boa com o isolamento. Além disso, ter o apoio das pessoas que estão passando pela mesma situação que eu, ajuda muito.  As nossas cabeças estão se entendendo porque onde aperta pra um aperta pra todo mundo”, celebra.  

Tópicos relacionados