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A inspiração na mitologia grega por trás dos troféus do GP da Itália de 2023

Emanuel Colombari

Imagem: Pirelli/Divulgação
Imagem: Pirelli/Divulgação

O Grande Prêmio da Itália de 2023 ganhou troféus bastante peculiares, que fazem alusão aos escapamentos dos carros de Fórmula 1 ao mesmo tempo em que buscam referências na mitologia grega. Por isso, a peça ganhou o nome de Tifone – ou Tifão em italiano.

Tifão é o filho de Gaia, a Mãe Terra da mitologia grega. Dela nasceram o céu, o mar e as montanhas. Da união de Gaia com Tártaro, surgiu Tifão, que seria responsável por ventos e tempestades, e que seria o pai de vários monstros mitológicos.

A figura de Tifão é conhecida pela força extraordinária. Mas também pelas 100 cobras ligadas à cabeça, em uma personalização chocante da natureza.

Assim, os troféus do GP da Itália trazem essa demonstração mitológica de força, em peças que remetem também a escapamentos de carros de Fórmula 1. As peças foram encomendadas pela Pirelli, patrocinadora oficial da prova, ao espaço Pirelli HangarBicocca, uma fundação criada pela marca voltada para a arte contemporânea.

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A edição de 2023 do GP da Itália é a terceira em que a fabricante de pneus escolhe um artista italiano para criar o troféu. Alice Ronchi fez os prêmios de 2021, enquanto Patrick Tuttofuoco criou as taças de 2022.

Desta vez, a eleita foi Ruth Beraha, que buscou unir tecnologia e robótica ao trabalho de artesãos especializados em soldagem, polimento e douramento – além, é claro, das próprias ideias. As peças serão apresentadas na sexta-feira (1º).

“Quando comecei a estudar a Fórmula 1, imediatamente percebi que a tecnologia era uma parte fundamental do esporte. Eu queria homenagear isso, e então encontrei dentro do carro um elemento visual que eu poderia usar como ponto de partida. Escolhi os tubos de escape, que tinham uma forma extremamente orgânica”, explicou Ruth.

“Daqueles tubos, pude imaginar as cobras. O troféu é como uma criatura domada no momento em que o vencedor da corrida o segura, mas ainda ameaçador e sempre capaz de virar tudo de cabeça para baixo”, descreveu.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.