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Pelo menos 40% dos pilotos no grid da F-1 em 2022 já têm vaga para 2023

Emanuel Colombari

Imagem: F1
Imagem: F1

A chamada silly season da Fórmula 1 em 2021 tem sido bastante agitada, embora já esteja perto do fim. Os anúncios de Valtteri Bottas na Alfa Romeo, George Russell na Mercedes e Alex Albon na Williams foram destaque do noticiário nas últimas semanas, encerrando uma intensa boataria no grid para 2022.

É bom que se diga que nem tudo está definido. A Alfa Romeo ainda tem uma vaga ao lado de Bottas. E com a possibilidade cada vez maior da saída do italiano Antonio Giovinazzi, nomes como Nyck de Vries, Guanyu Zhou, Theo Pourchaire, Nico Hulkenberg e Daniil Kvyat, entre outros, passaram a ser cotados.

Mas a dança das cadeiras contrasta com as assinaturas de compromissos longos. Pelo menos 40% dos pilotos no grid da Fórmula 1 da próxima temporada já têm contratos garantidos (com as mesmas equipes) para 2023. Ou seja: 2022 nem começou, mas muita gente já está tranquila para o futuro.

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Das 20 vagas nas 10 equipes, oito já estão definidas – e o número deve aumentar, a depender da situação na Alfa Romeo. Independente do que acontecer no ano que vem, equipes como Mercedes e McLaren prometem que terão os mesmos nomes correndo em seus carros daqui dois anos.

Para efeito de comparação, o grid da Fórmula 1 teve oito mudanças entre 2020 e 2021. Foram duas trocas de pilotos na Haas (Romain Grosjean e Kevin Magnussen saíram, Mick Schumacher e Nikita Mazepin entraram), uma na Red Bull (Sergio Perez na vaga de Alexander Albon), uma na McLaren (Daniel Ricciardo ocupando o carro de Carlos Sainz), uma na Aston Martin (com Sebastian Vettel na vaga de Sergio Perez), uma na Ferrari (Carlos Sainz substituindo Sebastian Vettel), uma na Alpine (Fernando Alonso assumindo o posto de Daniel Ricciardo) e uma na AlphaTauri (Yuki Tsunoda substituindo Daniil Kvyat).

Provavelmente não veremos tamanha movimentação no fim de 2022. A conferir.

Confira os pilotos com vagas já garantidas para 2023

Lewis Hamilton (GBR): Tem compromisso com a Mercedes até o final de 2023, e é possível que se aposente depois disso.

George Russell (GBR): A Mercedes anunciou um contrato “de longa duração” com o britânico, o que quer dizer que ele fica pelo menos até 2023.

Max Verstappen (HOL): Em 2020, o holandês assinou com a Red Bull por quatro temporadas, até o fim de 2023.

Land Norris (GBR): Em maio de 2021, o britânico renovou com a McLaren. Segundo o site da F1, seu contrato vai “além de 2022”. Ou seja: tem vaga no time pelo menos para 2023.

Daniel Ricciardo (AUS): Mais um com compromisso firmado na McLaren até o fim de 2023.

Charles Leclerc (MON): O monegasco tem compromisso longo, até o fim de 2024.

Esteban Ocon (FRA): Tudo indica que goza de prestígio na Alpine, já que renovou o compromisso com o time francês até o fim de 2024.

Valtteri Bottas (FIN): Está deixando a Mercedes para um contrato plurianual na Alfa Romeo. Ou seja: está garantido no time pelo menos para 2022 e 2023.

Quem tem destino incerto após a temporada 2022

Sergio Perez (MEX): Contratado pela Red Bull para 2021, o mexicano renovou até o fim de 2022. Depois disso, vai saber.

Carlos Sainz (ESP): O compromisso assinado com a Ferrari em 2020 vai até o fim de 2022. Depois disso, carece de negociação – e certamente teremos notícias disso no meio do ano que vem.

Sebastian Vettel (ALE): Renovou com a Aston Martin por mais um ano, e deve ser mais um a agitar o noticiário no meio da temporada. A equipe está bem satisfeita com a parceria e sonha alto para os próximos anos.

Lance Stroll (CAN): O contrato é uma incógnita, mas só deixa a equipe bancada pelo pai se quiser.

Fernando Alonso (ESP): Renovou contrato com a Alpine até o fim de 2022, e é possível que se aposente (de novo) depois disso. A equipe tem uma fila de jovens nomes à espera dessa vaga.

Pierre Gasly (FRA): Tinha contrato até o fim de 2021 e renovou por mais um ano. Se repetir em 2022 as performances recentes, será cotado para uma vaga na Red Bull em 2023.

Yuki Tsunoda (JAP): Renovou até o fim de 2022, mas pressionado pelos resultados de 2021. Nomes como Jüri Vips e Liam Lawson devem ser cotados para a vaga.

Nicholas Latifi (CAN): A evolução rendeu ao canadense a renovação de contrato com a Williams pelo menos até o fim de 2022. E depois?

Alex Albon (TAI): O anúncio na Williams fala de vaga apenas para 2022, dando a entender que o contrato tem duração de apenas uma temporada.

Nikita Mazepin (RUS): Assinou em 2020 um contrato plurianual com a Haas, assegurando a ele uma vaga pelo menos até o fim de 2022. O dinheiro deve pesar.

Mick Schumacher (ALE): Mais um que assinou contrato plurianual com a Haas no fim de 2020. Diante da aposta que a equipe fez no carro para 2022, vale a pena acompanhar o nome no mercado.

Imagem de abertura: F1/Twitter

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.