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Sete detalhes que você (provavelmente) não viu do Grande Prêmio de São Paulo

Emanuel Colombari

Imagem: Emanuel Colombari/Band
Imagem: Emanuel Colombari/Band

Você viu muita coisa emocionante no Grande Prêmio de São Paulo deste final de semana.

Lewis Hamilton sofrendo duas punições, largando da última posição na corrida sprint para vencer a corrida principal, a escapada de Hamilton e Max Verstappen na disputa pela primeira posição, o britânico desfilando com a bandeira do Brasil... Sem exagero, candidato ao posto de melhor etapa da temporada 2021 da Fórmula 1.

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Mas tem muita coisa que você provavelmente não viu. Muita coisa legal que ficou do lado de fora das pistas.

Por isso, relembremos algumas que rolaram e que ficaram em segundo plano.

1. Entrevistas com torcida e público

O espaço dedicado às entrevistas dos pilotos fora da pista (aqueles corredores cercados por gradis para guardar uma distância da imprensa) ficava em uma ponta do paddock, atrás dos boxes. E, logo acima do paddock, ficava uma área cheia de lounges de equipes.

Quando os pilotos passavam para dar entrevistas, o público em cima acenava, chamava os pilotos e cantava – você deve ter visto vídeos na internet de uma galera cantando “ole-lê, ola-lá, o Hamilton vem aí e o bicho vai pegar” para o heptacampeão da Mercedes.

Mas não foi só isso. A cena toda podia ser vista por outro público que passava por um acesso dentro do autódromo, que aproveitava para ver de longe os pilotos que passavam por ali. Virou uma espécie de “camarote B”.

Imagem: Emanuel Colombari/Band

2. Apagão e euforia

Em um gramado atrás do setor A das arquibancadas, um torcedor aparentemente queimou a largada nas cervejas da sexta-feira (12) e deitou para dar uma descansada. Apagou, mesmo com o barulho do público e dos carros.

Depois de ser chamado por outros frequentadores e não acordar, virou preocupação. O caso só foi solucionado quando um membro da organização foi chama-lo. Ele acordou, em um misto de felicidade e surpresa.

“Isso aí é galha”, brincou um torcedor na arquibancada, vendo a cena.

Nos dias seguintes, o sujeito continuou com uma empolgação acima da média, inclusive gerando preocupação ao subir em uma mureta das arquibancadas para vibrar. Felizmente, escapou de quedas ou acidentes mais graves.

3. Roupas até de equipes que não existem mais

Fórmula 1 em São Paulo é quando o torcedor tira aquela camiseta de equipe para passear por Interlagos. Em 2021, não foi diferente.

Vestimentas de todas as equipes do grid atual puderam ser vistas entre o público – inclusive da Haas, cujos bonés estavam entre os mais acessíveis nas lojas de produtos oficiais.

Mas vale destacar as camisetas e os bonés de equipes que nem estão mais na Fórmula 1, e que adornavam fãs. A lista tinha: BMW-Sauber, Caterham, Copersucar, Force India, Jordan, Lotus (a tradicional), Lotus (a mais recente), Renault, Stewart e Toleman.

4. Times de Norte a Sul do Brasil

É claro que a torcida se veste majoritariamente de camisas, camisetas, bonés e casacos de equipes e pilotos. Mas o que não falta é torcedor de futebol.

A lista de camisas de times brasileiros vistas na arquibancada, em ordem alfabética: América-MG, Athletico-PR, Atlético-MG, Avaí, Bahia, Bandeirante (SP), Botafogo, Caxias, Ceará, Central (PE), Confiança, Corinthians, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Gama, Goiás, Grêmio, Guarani, Internacional, Iraty, Juventus, Londrina, Náutico, Palmeiras, Paulista, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Tubarão (SC), Vasco da Gama, Vila Nova e Vitória.

Detalhe que essas foram apenas as camisas de times nacionais vistas no setor A. Se você esteve por lá com uma camisa nacional e seu time não apareceu na lista, foi mal.

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5. Máscaras? Mais ou menos

Conforme anunciado pelo site oficial do Grande Prêmio de São Paulo, o uso de máscaras como medida de proteção à pandemia do novo coronavírus era obrigatório durante toda a presença em Interlagos – exceção, é claro, aos momentos em que o torcedor se alimentava.

A exigência, no entanto, não deu muito certo. Tudo bem que o público usava muito tempo para comer e beber. Mas a quantidade de fãs sem máscara era absoluta maioria nas arquibancadas. Felizmente, o comprovante de vacinação era obrigatório na entrada.

E vale um registro importante: entre o pessoal trabalhando no local, como organização e serviços de limpeza, a máscara era vista em 99% do tempo.

6. Festa generalizada

Imagem: Emanuel Colombari/Band

O público em Interlagos curte muito o que está assistindo. Por isso, qualquer movimentação em pista é motivo de comemoração para quem está nas arquibancadas?

Exemplo disso: antes das largadas, o público do portão A ficava próximo dos carros da Haas e da Williams. De tempos em tempos, os mecânicos dos dois times disparavam as parafusadeiras apenas para fazer barulho. Os torcedores, é claro, adoravam.

Moto da organização passando na pista? Festa. Uma Kombi no asfalto? Aplausos. Nikita Mazepin indo a pé para o carro no grid? Gritos de “é, Mazepin”.

(Sim: até Nikita Mazepin foi saudado pelo público!)

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7. Torcida por Verstappen (até Hamilton brilhar)

Imagem: Emanuel Colombari/Band

A torcida por Max Verstappen e pela Red Bull era maioria nas arquibancadas antes da largada. Isso, é claro, até Lewis Hamilton assumir o protagonismo.

A cada aceno do britânico no grid, o público ia à loucura. Ao mostrar o capacete homenageando Ayrton Senna, o heptacampeão ganhou novamente as arquibancadas.

O ápice foi a ultrapassagem sobre Max Verstappen que valeu a ele a vitória em Interlagos. A comemoração foi digna de gol da seleção brasileira em final de Copa do Mundo.

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Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.