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Casos de Covid-19 mantêm tendência de alta no País, diz Fiocruz

InfoGripe aponta que 18 das 27 Unidades Federativas apresentam crescimento na tendência de longo prazo

Narley Resende

O novo Boletim InfoGripe Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (26), sinaliza “continuidade da tendência de aumento dos casos de Covid-19 em todas as regiões do País”. 

Entre as ocorrências de Síndrome Respiratório Aguda Grave (SRAG), 48% das registradas nas últimas quatro semanas são em função da Covid-19. 

Em relação aos óbitos por SRAG, 84% das notificações foram relacionadas ao Sars-CoV-2 (Covid-19). A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 20, período de 15 a 21 de maio.

Em crianças de zero a 4 anos, continua a predominância do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), seguido dos casos de rinovírus, Sars-CoV-2 e metapneumovírus.

Nas demais faixas etárias, o Sars-CoV-2 é predominante entre os casos com identificação laboratorial.

No Rio Grande do Sul, observa-se presença de casos positivos para Influenza A (gripe) em diversas faixas etárias nas semanas recentes, com sinal de possível crescimento, ainda que em volume relativamente baixo. 

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 3,5% para Influenza A; 0,4% para Influenza B; 30,1% para VSR; e 48,1% para Sars-CoV-2. 

Entre as mortes, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1,4% para Influenza A; 0% Influenza B; 6,6% para VSR; e 84% para Sars-CoV-2.

Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde registrou 9.787 novos casos de Covid-19 e 132 mortes pela doença. 

Unidades federativas e capitais

A análise da Fiocruz aponta que 18 das 27 Unidades Federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): AC, AL, AM, AP, BA, DF, GO, MG, MT, PR, RJ, RN, RR, RS,  SC, SP, SE e TO.  

Quanto às capitais, 20 das 27 unidades têm indícios de crescimento na tendência de longo prazo: Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), plano piloto e arredores em Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN) Palmas (TO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

No total,  23 macrorregiões de saúde encontram-se em nível pré-epidêmico; 16 em nível epidêmico; 68 em nível alto; e 11 em nível muito alto. Nenhuma macrorregião de saúde  está em nível extremamente alto.

Casos de SRAG no país

Nacionalmente, os casos notificados de SRAG, independentemente de presença de febre, apresentam sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas), com estimativa de 6,0 [5,3 – 6,9] mil casos na SE 20. "O sinal de crescimento recente está presente em faixas etárias da população adulta", ressalta Gomes.

Apenas sete Unidades da Federação apresentam pelo menos uma macrorregião de saúde com nível de casos semanais de SRAG considerado muito alto, somando um total de apenas nove das 118 macrorregiões de saúde do país.

No que se refere ao ano epidemiológico 2022, já foram notificados 141.808 casos de SRAG, sendo 72.092 (50,8%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 50.753 (35,8%) negativos e ao menos 11.521 (8,1%) aguardando resultado laboratorial. Dados de positividade para semanas recentes estão sujeitos a grandes alterações em atualizações seguintes por conta do fluxo de notificação de casos e inserção do resultado laboratorial.

Dentre os casos positivos do ano corrente, 5,1% são Influenza A; 0,1%, Influenza B; 8,1%, VSR; e 81,5%, Sars-CoV-2.

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