Jornal da Band

Fux e Pacheco dão recado por democracia em 7 de setembro; "Não há o que temer", diz Bolsonaro

Presidente do STF afirmou que Justiça não aceitará violência nas manifestações

Caiã Messina, do Jornal da Band

Dois presidentes, duas visões sobre o 7 de setembro. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, disse que quem praticar violência nas manifestações do 7 de setembro “vai sofrer as consequências”. Já o presidente Bolsonaro afirmou que “não há o que temer”.

Foi um dia de recados a Jair Bolsonaro. O presidente do STF afirmou que a Justiça não vai aceitar violência nas manifestações previstas para 7 de setembro.

“Esta Suprema Corte, guardiã maior da Constituição e árbitra da Federação, aguarda que os cidadãos agirão, em suas manifestações, com senso de responsabilidade cívica, respeito institucional e cientes das consequências jurídicas dos seus atos, independentemente da posição político-ideológica que ostentam”, discursou.

Governadores se reuniram nesta quinta (2) com o presidente do Senado, onde defenderam o diálogo entre os poderes. Já Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, cobrou respeito à democracia.

“Não é possível interromper o diálogo com nenhum dos poderes, e não é possível não ouvir os governadores dos estados e do Distrito Federal [...]. Não se negocia democracia”, afirmou.

Já o presidente Bolsonaro disse a ministros que aceita uma reunião com o STF e o comando do Congresso, mas reluta a conversar com os governadores. Ele afirma que não vai dar palco a políticos de oposição. Até aliados reclamam dessa postura.

“Nós, governadores, expressamos já na última reunião nossa preocupação com o esgarçamento das relações entre os poderes. Isso é unanime, independente da coloração partidária que os governadores têm dentro do grupo”, analisou Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal e que já se alinhou diversas vezes a Bolsonaro.

Mas o presidente vê o País “em paz” e não haverá o que temer no feriado da independência. Ainda pediu humildade aos desafetos.

“Está faltando uma ou outra autoridade ter a humildade de reconhecer que extrapolou e trazer a paz para o brasil. Ninguém precisa temer o 7 de setembro”, defendeu. Mais tarde, em sua tradicional live das quintas, voltou a rebater os críticos.

“Me acusaram que eu vou dar golpe. Nós temos que nos acertar, pô. Porque essa desarmonia mexe no dólar, mexe na bolsa. Dá pra resolver isso aí conversando com os respectivos presidentes ou deputados. E no Supremo não é diferente. Não é porque a pessoa chegou no no Supremo que é diferente”, disse.

Na noite da última quarta (1º), no fim do prazo, o presidente vetou cinco artigos do projeto que revoga a Lei de Segurança Nacional. Entre eles, o que previa punição a atos de comunicação enganosa em massa, as chamadas fake news. Bolsonaro barrou ainda o trecho que tornava mais rigorosa a pena a militares e servidores públicos que não respeitarem a nova lei de defesa do estado democrático de direito.

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