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Justiça aceita denúncia contra membros do PCC por lavagem de R$ 1 bilhão

Existe a suspeita de que o traficante André do Rap tenha se juntado aos denunciados foragidos

Da Redação, com Jornal da Band

Integrantes do PCC suspeitos de lavagem de R$ 1 bilhão
Integrantes do PCC suspeitos de lavagem de R$ 1 bilhão
Reprodução/Band

A Justiça aceitou a denúncia contra 19 integrantes do PCC, dos quais oito estão foragidos, por suspeita de lavagem de R$ 1 bilhão. Estimam-se que 15 toneladas de cocaína foram negociadas pela quadrilha em apenas seis meses. O assunto foi destaque no Jornal da Band deste sábado, 24, na reportagem de Rodrigo Hidalgo.

A maior parte da droga foi enviada para a Europa pelo Porto de Santos, litoral paulista. Entre janeiro de 2018 e julho de 2019, a liderança do PCC movimentou R$ 1 bilhão com o tráfico. Apenas R$ 200 milhões passaram pelo sistema financeiro em contas bancárias de laranjas e empresas fantasmas. O caminho do dinheiro foi desvendado pelo Ministério Público.

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“O PCC utiliza, por meio desses operadores financeiros, casas-cofre para guardar o dinheiro do tráfico de entorpecentes. Depois de dias, esse dinheiro é movimentado para a capital do estado e é colocado em poder de doleiros. E esse dinheiro é encaminhado para o Paraguai. O mesmo sistema da Lava Jato, dólar-cabo”, explicou o promotor Lincoln Gakiya.

Os 19 membros da facção se tornaram réus e agora respondem a processo por lavagem de dinheiro e ocultação de bens e valores, além de terem a prisão preventiva decretada. Os nomes dos foragidos foram revelados: Marcos Roberto de Almeida, o Marcos Tuta, considerado o número um do PCC nas ruas, e Valdeci Alves dos Santos, o Colorido, apontado como o principal fornecedor de cocaína para o grupo criminoso. Ambos estariam fora do Brasil.

Existe a suspeita de que o traficante André do Rap, solto há duas semanas por ordem do ministro do Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenha se juntado aos comparsas no comando do narcotráfico internacional.

A Justiça bloqueou R$ 70 milhões da quadrilha e agora buscará cooperação internacional, já que a investigação aponta que a maior parte do dinheiro foi enviada para países vizinhos. Suspeita-se de que os traficantes tenham usado os recursos para a compra de imóveis, aviões e helicópteros.

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