O ex-assessor de Domingos Brazão, acusado pelas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, também pode responder pelo crime de possuir arma de fogo sem autorização e em desacordo com determinação regulamentar. Um dos armamentos apreendidos com Robson Calixto, conhecido como Peixe, é da Polícia Civil e contém a gravação da sigla da Força Nacional no chassi. Para a Polícia Federal, não havia justificativa para o equipamento estar em posse de Peixe, já que ele é soldado reformado da Polícia Militar.
As informações constam em um novo relatório da Polícia Federal no âmbito das investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A Polícia Federal identificou que uma segunda arma encontrada com Robson estava com a numeração de série suprimida por lixa. Com exame pericial metalográfico, os investigadores conseguiram chegar ao número de série. O equipamento está cadastrado no Sistema Nacional de Armas em nome de uma pessoa em Eusébio, no estado do Ceará. No entanto, não consta comunicação de roubo ou furto.
O ex-assessor de Domingos Brazão foi preso no dia 9 de maio em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Em março deste ano, os políticos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa foram presos em uma operação da Polícia Federal, acusados de estarem envolvidos nos assassinatos.
Em nota, a defesa de Domingos Brazão, representada pelos advogados Marcio Palma e Roberto Brzezinski, afirmou que, sobre o novo relatório apresentado pela Polícia Federal no âmbito das investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o conteúdo do documento afasta-se do objeto das investigações e reforça, mais uma vez, a ausência de elementos que sustentem a hipótese acusatória.