Os dois suspeitos mortos em um acidente durante uma perseguição policial de cerca de 30 quilômetros na capital fluminense eram investigados por homicídio e tráfico de drogas pela Polícia Civil de Minas Gerais. O caso aconteceu na madrugada desta quarta-feira (22).
Inicialmente, segundo a Polícia Civil, um dos suspeitos foi identificado como Hugo Damasceno, no entanto, a instituição confirmou, no fim da noite desta quarta (22), que os ocupantes do carro eram Thiago Henrique Medeiro Figueiredo e Diego Ferreira Amaral. Contra Thiago, havia um mandado de prisão pendente. Com um dos supeitos, foi encontrado ainda um documento em nome de outra pessoa.
Dois policiais militares também morreram após o carro perseguido e uma viatura da PM capotarem na saída do Túnel Rebouças, na Zona Sul do Rio, área nobre da cidade.
Segundo a corporação, os agentes tentaram abordar o carro ainda na Linha Vermelha, uma das principais vias expressas do Rio, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Como o veículo não parou, teve início a perseguição.
Ao chegar à agulha de saída para a Rua Jardim Botânico, os dois carros capotaram na curva e atingiram duas árvores. Os veículos ficaram completamente destruídos. Os suspeitos e os policiais morreram ainda no local.
O professor de educação financeira Rodrigo Rocha estava na Linha Vermelha quando a perseguição começou e conta que chegou a ouvir um disparo.
A testemunha disse que ainda alertou os policiais que participavam de uma blitz mais à frente, mas os agentes não agiram em relação ao caso. Procurada, a PM não se posicionou.
Uma segunda viatura do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas também participou da perseguição, mas não se envolveu no acidente.
O auxiliar de logistica Luiz Felipe trabalha em uma loja em frente ao local da batida. Ele diz que a curva é perigosa e que houve outros acidentes nos últimos dias.
O carro perseguido, um Ônix vermelho, tinha uma marca de tiro em uma das portas. A perícia não encontrou armas com os dois suspeitos. O veículo também vai ser periciado. Os agentes querem descobrir se ele era clonado. O carro não consta como roubado ou furtado no sistema da Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Os dois suspeitos têm família em Minas Gerais. Um deles deve ser enterrado em Belo Horizonte, enquanto o velório do outro deve ocorrer no Rio de Janeiro.
O soldado Bruno Paulo da Silva deixa esposa, um filho de 15 anos e outro de 2 anos. Já o soldado Bruno William Batista de Souza Ribeiro deixa esposa e um filho de 4 anos. Os velórios acontecem nesta quinta-feira (23), no Cemitério Jardim da Saudade, em Jardim Sulacap, na Zona Oeste do Rio.