Fernando Mitre

Mitre: não é aceitável que o descaso com a prevenção a desastres continue

Fernando Mitre analisa a relação do governo federal com municípios sobre a prevenção a desastres no contexto das mudanças climáticas

Por Fernando Mitre

Fernando Mitre

Começou a carreira em Minas Gerais, onde passou por vários jornais, como “Correio de Minas” e “Diário de Minas”. Em São Paulo, integrou a equipe que criou o Jornal da Tarde, de o “Estado de S Paulo”. Dez anos depois, virou diretor de redação, posto que ocupou mais tarde, em duas outras oportunidades. Depois, assumiu a direção nacional de Jornalismo da Rede Bandeirantes, cargo que ocupa até hoje. Nesse período, produziu mais de 30 debates eleitorais, entre eles o primeiro presidencial da história do país na TV, em 89. É comentarista político no Jornal da Noite e entrevistador do programa político Canal Livre. Entre os diversos prêmios que recebeu, estão o Grande Prêmio da APCA, o Grande Prêmio do Clube de Criação de SP e três prêmios Comunique-se de “melhor diretor do ano”, valendo o título de “Mestre em Jornalismo”.

Políticas e trabalhos de prevenção de enchentes e desastres naturais, de modo geral, deveriam ser prioridade no país, em programas conjuntos de governos. Aí envolvidos os entes federados, com atenção especial às prefeituras, o ente mais próximo da população. 

O argumento a favor vai se reforçando na nossa longa história desses desastres, agora dramatizados nessa paisagem de destruição e sofrimento no Rio Grande do Sul. Já vimos que tem muita discussão: os municípios dizem que não recebem apoio do governo federal, que diz que as prefeituras não apresentam planos de prevenção e estas rebatem. E assim se segue o conflito entre avaliações, ideias e posições.

Agora, é hora de encarar a questão de uma vez por todas. A Marcha dos Prefeitos é uma oportunidade. Dar racionalidade a essa discussão e partir para o trabalho integrado é a melhor resposta a ser dada à tragédia no Sul, com um ponto destacado. Não é aceitável, não é possível, nesse quadro de mudanças climáticas, que o descaso e a negligência com a prevenção continuem como foram até aqui.

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