Fórmula 1

Ex-equipe de Mazepin na F2 e na F3 anuncia rescisão com patrocinadora russa

Hitech GP contava com o apoio da Uralkali desde 2016, quando piloto russo chegou ao time

Por Da redação

Hitech GP contava com o apoio da Uralkali desde 2016
Hitech GP contava com o apoio da Uralkali desde 2016
Hitech GP

A Hitech GP, equipe britânica que disputa categorias de formação para a Fórmula 1, decidiu encerrar o acordo de patrocínio que tinha com a Uralkali, empresa russa de fertilizantes que pertence a Dmitry Mazepin. A decisão “com efeito imediato” foi comunicada na última terça-feira (8).

A rescisão segue a decisão tomada pela Haas, que era patrocinada pela fabricante na Fórmula 1 desde 2021. O fim do compromisso faz parte de uma série de medidas tomadas pela equipe norte-americana após “intensas críticas”, em resposta à invasão russa ao território da Ucrânia. Nikita Mazepin, titular da Haas na F1 e apoiado pela Uralkali, acabou dispensado.

“Haviam intensas críticas sobre a invasão da Ucrânia, e estava ficando muito pesado”, afirmou Gene Haas, proprietário da Haas, à agência Associated Press. “Não podemos lidar com tudo isso, nossos outros patrocinadores não podem lidar com tudo isso”, completou.

Segundo o site The-Race, a Uralkali vai recorrer aos tribunais para ser ressarcida pela Haas após o que considerou uma decisão “unilateral”. A empresa afirmou ter sido responsável pela maior parte dos patrocínios à equipe, embora Gene Haas alegue que a principal patrocinadora de sua escuderia é a Haas Automation.

Ao longo da carreira, Nikita Mazepin correu em diversas categorias pela Hitech, sempre com o apoio da Uralkali. Desde 2016, quando recebeu o patrocínio da empresa, a equipe contou com Mazepin na FIA Fórmula 3 (2016 e 2017), Fórmula 3 asiática (2019/2020) e na Fórmula 2 (2020).

“Como o restante da comunidade automobilística, a equipe está chocada e triste com a invasão da Ucrânia, e deseja um fim pacífico ao atual conflito”, informou a Hitech GP em comunicado nas redes sociais.

Com a decisão, a Uralkali deixa de ser acionista da equipe e de exibir sua marca nos carros da Hitech. Oliver Oakes, fundador do time, volta a ser dono de 100% das ações, já que a Bergton Management - que detinha controle de 75% da equipe - também repassou suas ações a Oakes.

“Sempre foi parte do plano estratégico que a Bergton Management deixasse a Hitech no começo de 2022 e eu detivesse a Hitech plenamente”, disse o dirigente ao site RacingNews365.

Em 2022, a Hitech GP vai contar com Marcus Armstrong (Nova Zelândia) e Jüri Vips (Estônia) na Fórmula 2; com Kaylen Frederick (EUA), Isack Hadjar (França) e Nazim Azman (Malásia) na FIA Fórmula 3; com Sebastián Álvarez (México), Reece Ushijima (Japão) e Bart Horsten (Austrália) na GB3, antiga Fórmula 3 britânica; e com Oliver Stewart (Grã-Bretanha), Eduardo Coseteng (Filipinas) e Daniel Mavlyutov (Rússia) na Fórmula 4 britânica. Entre janeiro e fevereiro, a equipe disputou a Fórmula Regional Asiática e a Fórmula 4 dos Emirados Árabes Unidos, com oito pilotos.

Tópicos relacionados

Notícias

Carregar mais