Jornal da Band

Israel diz estar aberto a pausas nos bombardeios para ajuda humanitária

Na Faixa de Gaza, os bombardeios israelenses feitos como retaliação já mataram mais de 10 mil palestinos

Por Felipe Kieling

Israel parou, nesta terça-feira (7), para homenagear os mais de 1,4 mil mortos e os 242 reféns do ataque terrorista do Hamas, que completa um mês.

Na Faixa de Gaza, os bombardeios israelenses feitos como retaliação já mataram mais de 10 mil palestinos.

Um mês de um ataque terrorista que matou civis de forma cruel e indiscriminada.

De uma guerra que não para de produzir cenas brutais. De um mundo cada vez mais distante da paz.

Não há nenhum sinal de acordo de paz. O próprio exército de Israel reconhece que essa será uma batalha demorada. Durante a última madrugada, cidades onde os civis foram aconselhados a se abrigarem, no sul de Gaza, foram bombardeadas. 

Apesar do medo, muitos seguiram, a pé mesmo, do norte pro sul, erguendo bandeiras brancas.

O exército de Israel afirma que está atuando no coração da cidade de Gaza. É um ataque coordenado por exército, marinha e aeronáutica. As tropas assumiram um controle de um reduto militar do Hamas e encontraram mísseis, lançadores antitanque, armas e vários materiais de inteligência.

O grupo extremista tenta resistir com combates urbanos e arriscados. Vídeos divulgados pelo próprio Hamas mostram combatentes escondidos nas ruínas tentando conter a ofensiva israelense.

Israel disse estar aberto pequenas pausas nos bombardeios para a libertação de reféns e a entrada de ajuda humanitária.

15 dos 35 hospitais da região já pararam de funcionar por falta de combustível ou por terem sido destruídos. Algumas pessoas estão sendo operadas ou amputadas sem anestesia, afirmou a OMS.

Ambulâncias levaram feridos em estado grave para o Egito. A fronteira de Rafah ficou aberta algumas horas para a saída de estrangeiros - brasileiros ainda não foram autorizados a sair.

A comunidade internacional pressiona Israel para saber qual será o plano para a Faixa de Gaza quando a guerra com o Hamas terminar. Há toda uma região destruída e cerca de 1 milhão e meio de palestinos desabrigados. O trabalho de reconstrução e apoio aos civis será complexo, e vai exigir esforço global.

A ONU fez um apelo para arrecadar US$ 1,2 bilhão para ajudar os palestinos.

O premiê de israelense, Benjamin Netanyahu afirmou que, quando o Hamas for derrotado, Israel será responsável - por tempo indeterminado - pela segurança de Gaza.

Essa é uma medida polêmica e que promete encontrar resistência, sobretudo em países árabes e de maioria muçulmana.

Mas até mesmo em casa, Netanyahu é bastante contestado e tem enfrentado muitos protestos mesmo em meio a essa guerra. Hoje, na homenagem às vítimas do ataque do último dia 7, muitos culparam o primeiro-ministro pelo episódio que ficará marcado na história do país.

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